Tuesday, March 27, 2007

o Jogo

na primeira raquetada na bola via-se um jogo
apertado, as artimanhas de ambos eram dignas
de menções honrosas, de bonificações, cash, money,
a cada lance o jogo equilibrava-se, backhands que
deixavam a galera louca, a menina na arquibancada
se exaltara, gritara tanto que a garganta deixara
a voz seca, do narrador que naqueles 40 graus
estava sob ar refrigerado e canapés, que o juiz
pensava mesmo em um refresco, os dois gladiadores
concentrados na bolinha, sem tréguas, olhar fixo
raivoso, tie break a vista, todos prontos para
um break
após o break, mais jogo, mais pancada na
pobre bolinha.

o canhoto adversário começa a melhorar
seu jogo pelo lado contrário
o jogo a seu favor
sua força imensa em seu
forhand
o narrador se encanta com aquele
SMASH
do advsersávio
que de um momento trivial
passou a um incrível formato
de acertos, lá, cá, linha
vibra
vibra a moçada, a vibração toma conta da galera que não pára um minuto de gritar, se agita, balança, festa de todos, gritos, euforia
o juiz pede
SILÊNCIO
.
.
.
.
.
Fim do jogo.
os jogadores se cumprimentam
como diria o velho Machado
aos vencedores, as batatas,
aos vencidos, ódio ou compaixão.

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