estilhaços
o espelho intacto antes do impacto, ao som de The Blasters, dança regada a estoicismo de frente para o nobre retalho reflexivo, reflexo borrão, quinhão de luz que penetra a redoma, resga de fótons invasores que iluminam o não-iluminável. e as besteiras que se pensa nessa hora, cruzamentos super ritmados do risco de quebrar e os sete anos de má-ventura que acompanharão insignificante criatura que sou eu de frente para objeto que em poucos minutos se tornaria cortante. e o inseto que bate na janela, mistérios ao modo Chesterton, alimentando de livros que só serviram para tirar horas de sono, sementes de conhecimentos que não se aplicam, ou se se aplicados metamorfoseiam em livros não publicados. e de que vale o tempo perdido se ele já se perdeu? serve para causar a insônia a qual me encontro submisso desde os treze. o que quero agora é travesseiro, nem que seja para arremessá-lo ao encontro do espelho, que, por sua vez, se espatifará e trará junto sete anos de azar, que significam não mais dormir.
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